O amor é uma mistura de coisas


O amor deve ser uma mistura de coisas para dar certo
Deve haver ternura, respeito e lealdade
Momentos de paixão fantasiosa
Momentos de tesão tentador

Como dizia Camões: “O amor é um fogo que arde sem se ver”
É assim que deve ser
Como se raios solares nos queimassem de dentro para fora
Nos consumindo a todo instante e de forma profunda
Onde nosso coração grita, exclama

Em dados momento é como a calmaria de um lado
Contorna os problemas, as fúrias e cascatas
Desce rio abaixo, silencioso, puro
Docemente envolvendo as pedras pelo caminho
Levando com a correnteza da vida

O amor também são como águias
Voam livres e de forma longínqua
Observam de longe suas presas
Se aproximando aos poucos
Está no vento em seu lufar
Tocando em nossas almas

O amor é como a terra fértil
O solo úmido depois da chuva de Verão
Na semente que germina
No brilho do verde da planta
No fruto que a arvore nos oferece tão docemente
São como montanhas íngremes que sustentam o céus

O amor é assim fantástico
presente em todas as coisas
De forma misturada, sagrada, bela
Selvagem ou não
Animado ou não
É tudo aquilo que nos desperta a curiosidade
Nossa sensibilidade e emoções profundas.

Camilla M; (29/08/13)

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Príncipe árabe


Como numa viagem pude encontrar inúmeras belezas
Que só o calor e o sol
Sob uma imensidão de areia proporcionam
Seguir pelas areias deixando rastros de pegada no chão
Como cobras a procurar abrigo no deserto
Meus olhos repousaram sobre os seus
Eram de tão intenso brilho e profundidade que tinham
Que o deserto parecia pequeno em proporção.

Foi num dia quente e lá estava você
Segurando seu camelo
Vestido como um príncipe árabe
Seu rosto másculo e sedutor
E seus olhos se espremiam ao sol

Pude ver a perdição do contorno de seus lábios
E a sorrir com os cantos da boca
Eram como raios solares queimando minha pele
Entorpecendo meu ser de dentro para fora.

Tu príncipe das areias
De olhar intenso
Nunca pude encontrar olhos assim
Tão perfeitos como tens tu
Filho de Deus, filho da terra
Penso em minha alma desnudando-se
Meu corpo estremece em imaginar
Seus olhos sobre os meus
São tão misteriosos quanto uma noite de luar
São tão magnéticos como a lua sob o mar
Omar você é um enigma
Príncipe árabe
Sua beleza é uma escultura
Emoldurada no meio do deserto
No calor do oriente

São djins a sussurrar em minha mente
Pensamentos impuros e indecentes.

Seus lábios são como damascos frescos
O sorriso que espalha é de uma doçura
E tu, príncipe árabe da beleza
Joia rara de se encontrar
Possui o dom da sedução
Seu olhar é capaz de penetrar
Os muros mais gelados de um ser
Pois com o calor que eles possuem
Provém de uma alma quente
que somente o deserto produz.

Camilla M. (27/08/13)
Homenagem a beleza árabe de Omar Borkan Al Gala

Quero um…


Quero um beijo bom
Com gosto de manhã com sol
Cobertor quente em dia frio
Sabor de aveia com mel

Quero um colo e um carinho
Como a grama verde no jardim
Fofo como a lã
Perfeito como o girassol

Quero poder sorrir
Como uma criança a dançar
Como a luz do luar

Quero me permitir
Fazer amor sem me culpar
Comer sem engordar
Ser eu sem me preocupar…

Camilla M. 26/07/13

Milla, uma mulher sedutora


Milla, era uma mulher sedutora e ambiciosa. Ela sempre desejava o melhor para si e corria atrás de seus objetivos custe o que custar.
Vivia em sua mansão, luxuosamente instalada próxima a praia e, do alto, podia observar o movimento da rua. Lá estava ela a observar os homens correndo suados, as mulheres tomando o sol, crianças a correr e brincar e o melhor, o espetáculo que sol fazia refletindo sua luz nas águas do mar.
Ela se sentia excitada com aquilo tudo. Estava embrulhada em seu roupão de banho, e seu corpo ardia em tesão por um dia maravilhoso igual aquele e pensou: “preciso me exibir um pouco, quero ser desejada novamente.” Então, estrategicamente, apoiou-se sobre a sacada e deixou seu roupão abrir lhe revelando a cor natural de seus seios ao sol. Parte de seu corpo ficava amostra e a outra somente para quem quisesse ver. De corpo quente, sentiu que vários olhares lá de baixo lhe comiam e ela sentiu-se feliz com isso.
Estava esperando por seu amado mas como a safadeza corria-lhe as veias, de vez em quando, gostava de se expor para alimentar seu ego extravagante.
Entrou para sua luxuosa casa, ficando apenas nua e pôs-se a desfilar pelos cômodos, tendo como lembranças a ultima noite de prazer que tivera. Ardentemente desejou que ele estivesse ali de novo, para saciar o desejo que a consumia novamente.
Assim, serviu-se de um drink para refrescar sua memória, brincando com o gelo sob a linga e esfregando sobre seu corpo. Ela o imaginava ali, como estava ontem em seus braços fortes e quentes. Subiu um arrepio sobre seu corpo e seus seios e pelos estavam ouriçados, mordeu os lábios ao lembra-se do momento do orgasmo, que foi quente e de tamanha explosão que jamais havia sentindo. Então, sorriu interiormente, satisfeita com a lembrança.
Milla, se sentia uma mulher ardente, sexy e ela sempre conseguia o que ela queria. Explorar coisas novas era com ela mesma. Neste momento sentiu-se satisfeita por ser quem ela era.

Leveza


Quero dançar como uma ave no céu em dia de pôr-do-sol,
Rodopiar igual uma ventarola que sobe para se unir ao céu,
Dançar com uma saia rodada, arrancando aplausos por onde passe…
Saia esvoaçante, balançando ao vento, muitos véus,
Dançar livre sobre o ar, como se fosse levantar vôo…
Flutuar, deixar o vendo levar, como uma dança, leve, livre, solto…
Ir ao infinito, voar no silêncio, além das montanhas, dos arco-íris…
Sentir o espírito livre, leve, flutuando… simples, belo e magnífico…
Camilla M. (27/03/08)

No outro plano


No outro plano
Pudesse eu em outra vida
Ter te conhecido a beira mar.
Na Luz do Sol e gaivotas a voar.
E eu a te olhar pudesse encontrar a minha vida,
Que pensava estar em outro lugar…
Em seu rosto sério vi um traço de tristeza
Seus olhos como um beijo azul
Encontrar dois elementos em um único lugar.
E eu a te olhar quis conversar,
Mas eu, nem para parar, parei…
O Sol batendo em nosso corpos
Dourando-os como d´ouro.
Olhando para o mar encontrei seu rosto.
Encontrando as ondas, seus lábios a me beijar.
A água sobre meu corpo, seus braços me envolvendo para dançar.
E o cheiro do mar, o seu perfume, sua marca.
A noite cai, volto a te ver.
Mas por outro olhar,
O olhar da escuridão, um ar misterioso, algo igual a noite sem luar.
Quando a brisa me toucou senti você chegar…
A estrela a brilhar, senti seus olhos me olhando…
E quando a Lua voltar a iluminar serão seus lábios a me beijar.
Ao amanhecer, encontro você
no raio do sol,
no reflexo do mar,
no desenho da areia,
seu nome nas rochas,
pelo cheiro do mar,
nas ondas a nadar…
Ao andar, encontro uma gaivotar a voar num choro
lembrando de seu olhar pus-me a chorar,
Por que mais aturar esta distância?
Está tão longe de chegar,
mas você tão perto… intocável.
Mas toquei em seu rosto, no seu corpo, senti o seu gosto…
Machuquei e acordei…
Acordei com o vôo da gaivota, que veio me avisar que iria me machucar…
Você me levou como um barco no horizonte para seus sonhos,
sonhos impuros e escuros.
Mas seu rosto, meu marinheiro…
Ah! Este sim, de moleque travesso.
Em seu olhar me perdi como o cantar das sereias…
Sonhei,
Sonhei pelos sete mares velejar,
velejar em teu olhar e voltar apenas para te amar.
Se a sereia te levar em seu lindo “sussurro”
Quero ser a última a te beijar,
pois quero te amar depois do “sussurro” e além da vida, da eternidade.
E depois irei escrever uma mensagem no mar
de que para sempre vou te amar…
(Camilla M. – 28/06/00)