Você percebe os sinais?


Você já deve ter ouvido falar dos sinais que recebemos do universo.

Tem gente que vê sincronia em tudo, em numeros iguais, simbolos, animais, palavras, imagens… que estão correlacionados com algo ou aquilo que condiz ao seu momento.

Na origem da matemática tudo era simplesmente puro e filosófico e muito se dizia que a natureza se comunica através de simbolos e formas geométricas. Acredito que só perdemos o caminho de volta desta sabedoria filosófica e ancestral.

Esta semana tive três momentos que foram simbólicos e senti que foi uma comunicação do universo para mim.

A primeira, na terca-feira, foi um presente de aniversário. Sonhei com meu pai dando-me parabéns.

Na quarta-feira estava a olhar pela janela de minha sala do trabalho e, do nada, surge uma mariposa toda azul cintilante e de cabeça vermelha. Chamou-me a atenção pois ela veio exatamente na minha direção.

Apistosia judas

Seu nome é mariposa Judas por que as lagartinhas dela são bem venenosas mas quando transformam são lindas. Dei um “Gloogle” para saber sobre este ser encantado e encontro esta informação:

“As características mais exclusivas da espécie mariposa judas está no fato delas terem uma “audição” melhor do que espécies de outras famílias, pois as mesmas possuem os chamados órgãos timpanais, localizados em seus abdômen, o que faz com que elas consigam sentir vibrações exclusivas e assim detectar presas e predadores com uma facilidade maior.”

Interessante que neste momento estava ouvindo som de harpas e fiquei observando sua dança, voando na minha frente que levou-me a um estado de transe.

Hoje estava novamente em minha sala de trabalho, dentre estes 3 anos atendendo ali, nunca vi nenhum pardal parar na minha janela. Hoje, no silencio e sentada em minha poltrona, ouvi um barulho na janela, eis que estava ali a me observar atentamente, o pardal. Ainda sorri para ele e disse “oi, pardalzinho” e logo em seguida voou.

Neste momento eu senti que aquilo era uma conversa simbolica do Divino comigo. Ele está a todo instante se comunicando conosco. Só precisamos estarmos abertos a isso.

Segundo as simbologias de totem de poder dos animais, o pardal simboliza proteção, simplicidade e trabalho em equipe. Sendo assim eu creio na proteção e simplicidade Divina.

Quando sinto estas sincronicidades meu coração se enche de alegria, como se fossem os sinais de que estamos no caminho correto.

Sou grata a Divindade pelos presentes desta semana.

Preocupação, ansiedade e insônia


Insonia vem de preocupação e ansiedade desmedidas. É uma pré-ocupação de uma situação que ainda nem ocorreu e você fica ruminando na mente.

Estive a ler meu Oráculo Houhou, e a carta que saiu foi o da Serendipidade e fui buscar mais informações para esta palavra:

Encontrei a explicação da origem da palavra serendipidade na internet:

“A palavra “Serendipismo” se origina da palavra inglesa Serendipity, criada pelo escritor britânico Horace Walpole em 1754, a partir do conto persa infantil “Os três príncipes de Serendip”. Esta história de Walpole conta as aventuras de três príncipes do Ceilão, atual Sri Lanka, que viviam fazendo descobertas inesperadas, cujos resultados eles não estavam procurando realmente. Graças à capacidade deles de observação e sagacidade, descobriam “acidentalmente” a solução para dilemas impensados. Esta característica tornava-os especiais e importantes, não apenas por terem um dom especial, mas por terem a mente aberta para as múltiplas possibilidades.”

Esta explicação está ligada a minha sensação de que minha mente está ocupada, pré-ocupada e ansiosa com muitas coisas ao mesmo tempo sem ter necessidade. E através de uma reflexão sobre o oráculo pude perceber que este espaço estava ligado a uma crença limitante adquirida de várias fases em minha vida. Frases clichês que me deixavam revoltada e deixavam meu “livre-SER aquariano” irado. Porém, com o passar dos anos, estas informações ficam ali no nosso inconsciente, ocupando um espaço em nossa memória “RAM”.

Sempre fui uma criança criativa, desenhava, pintava, dançava de acordo com o que meu corpo queria fazer. Ao ir para escola lembro-me de ficar desenhando enquanto a aula rolava. As professoras chamavam minha atenção pois além de não escrever nada do que estava na lousa, ficava desenhando por todo o caderno. Aprendi através da correção na época tanto de meus professores e de meus pais.

Isso foi suprimindo um pouco de minha criatividade. Ouvi minha mãe dizer que “artistas não sobrevivem”, que são pessoas “a toa”, “não tem futuro”. Então, minha habilidade em dançar foi suprimida. Apeguei-me a escrita que, ainda é a única forma de colocar meu ser para fora. Já tentei produzir vídeos no Instagram mas não consigo me expor como exponho em meus textos.

Outra fala muito comum que ouvi na adolescência quando professores davam trabalhos difíceis e que tínhamos dificuldade de executar e entregar a tempo: “o que vocês fazem da meia noite as 6h?”, minha mente respondia: durmo e descanso!

Ouvia também o clássico provérbio japonês: “Treine enquanto eles dormem, estude enquanto eles se divertem, persista enquanto eles descansam, e então, viva o que eles sonham” do qual acredito que as pessoas vivem atualmente num sentido literal sem pensar que não é quantidade de atividade e sim a qualidade do que você faz.

Ao chegar na faculdade ouvia também “benvindos ao mundo dos adultos” querendo demonstrar que a vida de adulta era repleta de muitas responsabilidades obtidas.

Vejam são três situações que viraram um estopim que só tomei consciência hoje! Um absurdo passar 36 anos acreditando que tudo que fiz, faço nunca era o bastante. A autocobrança, a preocupação e a ansiedade vão a mil, é claro!!!

Acreditei que ser “sonhador”, “artista”, “lento” é ruim. Eu era tudo isso até ter de me “adequar” a estes padrões que a sociedade queria que eu fosse. Desejam pessoas produtivas, que trabalhem incansavelmente e ainda tenham “tempo” para a família, esporte, lazer e sexo. Impossível! Desculpe, mas algum campo da vida não vai bem deste jeito.

O que desejo explanar é que com este tipo de frases não irá ajudar um individuo a criar responsabilidade. Esta é adquirida através dos erros, tropeços e atrasos. Daí vem as advertências, suspensão e expulsão. Responsabilidade vem com o tempo e aumenta na maturidade.

Ensinar crianças e adolescentes frases e crenças “prontas” só fazem criar adultos preocupados, ansiosos e se julgando insuficientes. Eu, pelo menos cresci assim acreditando nisso, que para ser realmente boa eu tinha que me esforçar e muito.

Não prego aqui que sem responsabilidade perante a vida não conquistamos as coisas, pelo contrário, acredito que a vida seja um jogo de ganho e perda. Se você investiu, você ganhou, se não investiu muito bem, perdeu, ou se nunca investiu, nunca saberá o que é ganhar. Precisamos colocar nossos sonhos no papel sim, transformar em metas e ter um planejamento para chegar lá. Penso na questão do peso que damos as responsabilidades, deixando de viver com fluidez, a vida torna-se um lugar de muita luta e perdemos a alegria.

A vida é fluídica e também tem seus ciclos de aprendizados que nos levam ao amadurecimento. Estas crenças tiram nossa capacidade de se entregar aos milagres, ao inesperável, as surpresas que só recebemos quando estamos no lugar certo e no momento certo.

Estas crenças tiram nossa capacidade de viver com menos preocupação, de zerar nossa autocobrança nos momentos de lazer e de relaxamento. Nos impedem a entrega no Divino, em Deus ou na Energia Cósmica que nos orienta. Não sabemos mais “não fazer nada”, não paramos para observar o céu, os pássaros ou a paisagem.

Autocobranças vem de crenças que nos ensinaram a sermos “responsáveis” e “produtivos” a maior parte do tempo, criando indivíduos ansiosos e insones (aqui me encaixo também).

Permita libertar-se destas crenças e viver uma vida com mais fluidez, despreocupação e alegria de ser e estar bem consigo mesmo e em sincronicidade do Universo.

Finalizo com este trecho de um texto das sábias palavras de Osho:

… Existem dois tipos de pessoas no mundo: as que são como cavalos de corrida e as que são como tartarugas. Se uma pessoa pertencente ao primeiro grupo não puder correr e fazer tudo rapidamente, ficará estressada. Ela precisa obedecer ao seu ritmo. Se você é um cavalo de corrida, esqueça a idéia de relaxar e outras coisas do tipo – isso não é para você, é para as tartarugas. Seja um cavalo de corrida, pois essa é a sua natureza, e não pense nos prazeres com que as tartarugas estão se deleitando, eles não são para você.

Seu prazer é outro. Se uma tartaruga começar a agir como um cavalo de corrida, enfrentará o mesmo problema! Aceite a sua natureza. Você é um batalhador, um guerreiro: tem de ser desse jeito e ter prazer em ser assim. Não é preciso ter receio: mergulhe de cabeça nos negócios. Brigue, faça concorrência, realize tudo o que realmente quiser. Não tenha medo das conseqüências, aceite o estresse. Depois de aceitá-lo, ele desaparecerá. Não somente isso: você se sentirá mais feliz porque começou a usá-lo. É um tipo de energia.

Se você é um cavalo de corrida, não ouça as pessoas que dizem para relaxar. O seu relaxamento só será possível depois que você tiver gastado sua energia trabalhando duro. Cada pessoa tem de entender a que tipo pertence”.

Osho, Corpo e mente em equilíbrio.