
Liz era uma garota que amava os animais desde muito pequena.
Sonhava desde jovem em ter um cãozinho mas seus pais não a deixavam tê-lo.
Agora já era adulta, morava sozinha e tinha sua vida feita. Para não se sentir tão sozinha e realizar seu sonho infantil, decidiu adotar um cãozinho.
Em uma feira de animais, encontrou um solitário filhote de pastor alemão. Ficou tão encantada com ele que não pensou duas vezes antes de levá-lo.
Tratou-o tão bem como seu melhor amigo, alimentava-o com a melhor comida, saiam para passear pelas ruas da cidade e em parques. Iam viajar juntos de carro por aí sempre que possível.
O amor entre os dois era muito grande e recíproco e crescia a cada dia assim como Carl, seu cachorro.
Alguns anos se passaram e Liz se sentia solitária, mesmo estando na companhia de Carl. Ele começou a perceber que sua dona se sentia triste, ficava quieta olhando pela janela. Seu coração amoroso e puro queria lhe trazer aconchego e alegria. Decidiu pegar uma bolinha e ir até seu encontro na tentativa de fazê-la rir como antes. Ela apenas olhou para ele, deu um leve sorriso, pegou a bolinha e jogou para que ele fosse apenas buscar. Carl ainda ficou parado olhando para sua dona, na esperança de que sua fisionomia mudasse. Liz olhou para ele e disse:
“O que foi, Carl? Você não quer que eu vá pegar né, amiguinho?”
Ele apenas percebeu que aquela ideia não foi a das melhores. Sentou-se e deu um latido para sua dona.
Os dias se passaram a situação continuara mesma, Carl ficava ao lado de Liz preocupado com sua felicidade.
Certa noite, viu Liz orar pedindo que Deus tivesse misericórdia de si, que se sentia muito sozinha, que preenchesse seu coração de amor e que colocasse em seu caminho um companheiro para sua vida.
Seu cão ficou tão compadecido que abaixou sua cabeça entre as patas e pediu para que se existisse algo maior que o amor dele pela dona, pudesse fazer algo para ele para deixar sua dona mais feliz. Era o que ele mais queria, dar seu amor, carinho e companheirismo. Desejou então ser o que ela mais queria. E adormeceu. Carl costumava acordar durante a noite para expiar a dona dormindo. Ficava ali horas a zelar pelo seu sono. Um dia após sua vigília, dormiu profundamente.
Alguma coisa começou a acontecer com seu corpo, sentiu suas patas queimarem, sua cabeça parecia que ia explodir e sua coluna esticar. Seu pequenino corpo começou a se transformar magicamente em um corpo humano, ele havia se transformado um homem. Ficou a se olhar e tentando entender o que estava havendo. Olhou para sua dona, dormindo sobre a cama, tranquila e se olhava. Um milhão de pensamentos surgiram em sua mente, começou a pensar em coisas que nunca pensou, sentir frio, e como se sua pele lhe mandasse um monte de informações ao mesmo tempo. Seu faro estava estanho e sua audição menor. Olhou para suas patas eram mãos. A única coisa que tinha certeza era seus sentimentos para com sua dona.
Com muito frio, decidiu subir na cama de sua dona como sempre fazia. Entrou debaixo dos cobertores e encostou seu corpo ao da dona, sentir o calor de sua pele e isso lhe trouxe uma grande sensação de prazer. Sua dona, ligeiramente correspondendo ao calor recebido por aquele corpo, o abraçou sem imaginar que era um homem que estava ali. Carl ficou assustado, seu coração subiu as alturas, um misto de sensações estranhas subia a sua mente. Eram coisas muito estranhas e instintivas. Ele sentia o cheiro dela e tinha prazer como se fosse algo como comida.
Dormiram assim durante a noite toda.
Logo de manhã, Carl acorda para fazer seu xixi matinal. Percebeu que seu corpo era de cão novamente. Como poderia ser isso possível? Olho-se, coçou-se e percebeu que o que sentia antes era tudo diferente. Olhou para sua dona Liz que ainda dormia.
Assim que Liz acordou, levantou-se sentindo um imenso bem estar. Estava muito leve e feliz. Ela olhou para Carl, que estava de pé ao seu lado ao olhar e sorrindo lhe deu um imenso bom dia.
“Olá, Carl. Bom dia. Tive um sonho estranhamente bom. Sonhei que um homem vinha até a minha cama e dormia ao meu lado. Senti o calor de sua pele e seu imenso amor. Isso não é estranho?”
Carl olha para e solta um latido feliz. Ele queria poder falar com sua dona e dizer que este homem era ele, estranho, mas era ele, de verdade.
Alguns dias se passaram e Carl não havia se transformado mais em um homem. Liz ficava lembrando do calor do corpo daquele jovem moço e sonhava com a possibilidade de que Deus queria mostra-lhe uma esperança.
Numa noite Liz orou para Deus, pedindo novamente para que Ele pudesse presenteá-la com mais um sonho gracioso como aquele e que em breve algo pessoalmente. Neste momento, Carl estava atento e começou a latir insistentemente enquanto sua dona rezava.
“Hey, Carl. Silencio! estou orando!!Ou você quer orar comigo?”
Carl olhou para ela como se estivesse entendendo realmente tudo o que ela disse. Liz olhou profundamente para Carl e sentiu algo estranho subir-lhe a espinha. Decidiu ignorar e voltou a orar em silencio com os olhos fechados.
Naquela noite, tudo iria mudar.
O relógio deu meia noite. Carl iniciou o processo de transformação novamente para o corpo de um homem. Viu-se pelo espelho do quarto e seu corpo era forte, seus pelos agora eram loiros e curtos quase imperceptíveis. Seus olhos eram de outra cor, seu focinho era diferente, orelha, cabeça, tudo.
Com medo e receio, aproximou-se da cama de Liz que dormia. Tocou-a com os dedos trêmulos e esperou com que ela acordasse. Um misto de sensações invadia seu corpo e sua cabeça. Pensou em latir para chamar a atenção de Liz, como fazia quando precisava sair, mas ao invés disso, saiu a pronuncia do nome de sua dona. E novamente chamou por ela, tocando-lhe o rosto suavemente. Liz revirou-se na cama a procura do abajur, mas abrindo os olhos lentamente, ela quase não pode acreditar. Seria possível ela estar sonhando?
Olhou para o moço sentado em sua cama, olhando com cara de desconfiado. Observou que o mesmo estava nu, fazendo seu rosto corar imediatamente. Aquilo só podia ser um sonho mesmo.
O moço então, foi se aninhando debaixo de seu cobertor, aproximando-se de Liz. Ela reconhecendo que era o mesmo moço do sonho que tivera, assim o permitiu entrar. Acomodou-se sobre seu peito e ficou em silencio se questionando como seria um sonho mas tão real, quente e terno.
Olhou para os olhos do moço ali deitado, fitou-o longamente e ele correspondendo com ternura e amor. Num impulso decidiu beijá-lo, aproximando-se devagar e pode sentir seu hálito até o momento de encostar seus lábios.
Carl achou o beijo estranho e, inevitavelmente seu corpo, sentiu uma necessidade em corresponder ao toque dos lábios de Liz sobre o seus. Fechou os olhos e acomodou-se abraçando Liz.
Beijaram-se perdidamente, seus corpos apenas correspondiam ao intenso desejo contido neles. Os beijos tornaram quentes e intensos, seus corações batiam em compasso a apressadamente. As respirações estavam ofegantes e suas bocas se perdiam alucinadamente.
Liz estava tão empolgada, rendida a ternura, a beleza a paixão que rondava o moço decidiu se entregar a esta loucura. Seus corpos se falavam por si. Subiu sobre o moço ainda lhe beijando, foi tirando aos poucos o pequeno pijama que vestia. Seus seios ficaram frente a face de Carl. Ele com extremo instinto toucou-lhe, causando arrepios em Liz.
Liz podia sentir o corpo de Carl totalmente teso sob seu corpo e esfregou-se sobre ele, beijando-lhe o pescoço, o peito e o abdômen.
Viu seu membro rijo e rosado, segurou-o nas mãos e delicadamente decidiu acaricia-lo. Deitou-se ao lado do corpo de Carl, beijando-lhe e admirando seu belo corpo.
Carl estava tão excitado que ficou sem reação, apenas observava os movimentos e gestos delicados de sua dona. Estava se deliciando com o carinho e o prazer que ela estava lhe proporcionando. Decide então ficar sobre Liz, a beija intensamente passando por seu pescoço, ombos e os seios. Lambe delicadamente seus mamilos e desce com sua boca pela barriga. Tira o short de Liz lentamente, observando delicadamente o corpo de sua amada.
Mergulha por entre suas pernas, passando as mãos, beijando-as aproximando-se do sexo de Liz. Ela suspira fortemente, soltando um gemido cálido.
Ela se levanta e faz com que Carl se deite. Num impulso frenético, senta sobre ele, sentindo-o totalmente dentro de suas entranhas.
E assim, Liz e Carl renderam-se ao prazer de seus corpos, os beijos percorriam seus corpos, suas mãos estavam perdidas e seus suspiros e gemidos eram intensos.
Uma noite de amor, ternura e prazer foram o combustível que lhes alimentaram as almas. Carl dedicou todo seu amor e carinho a Liz, afinal, havia sido seu companheiro de muitas noites. Liz sentia-se solitária por muito tempo mas estava feliz em ter sua fiel amigo ao lado mas que mal podia imaginar que o homem que se deitara era seu tão amado cão.
Seria apenas um sonho?
Escrito por Camilla M. (baseado num sonho que a mesma teve)