Na saída do divã de meus pensamentos, sentimentos tortuosos que me levaram ao vão do fim do túnel com uma imensa fresta de Luz.
Pude enxergar o que está muito além de mim, além da alma, um sentimento uma coisa nova que paira sobre o ar. Estranho pensar neste fato, quer dizer, neste sentimento já que não sei o que isso, já se faz tanto tempo que não sei o que se é realmente.
Fica na dúvida, será que é, ou não. Preciso de um colo, um alguém para afagar meus cabelos enquanto me ouve falar ou apenas fique em silêncio.
Um oposto que possa deitar-se ao chão olhando as estrelas surgirem no céu numa noite de verão que parece ser uma incógnita quando se trata de dois futuros.
Não, tenha pela certeza o que me espera está atrás daquela colina, daquela montanha, daquela cidade ao longe que brilha mais que o luar. Loucura seria pensar nisso, mas digo desta forma pois assim se propaga as vozes da solidão.
Estas vozes me dão medo, sendo elas quem me fazem enroscar no meio do caminho, fazem crescer espinhos no meio da plantação de girassóis.
Durma novamente coração, repouse novamente em seu silêncio amoroso… responda aquilo que for vital e não se importe com outras coisas boemias.
De fato é bom sentir solidão neste coração… este coração que já chorou peito afora diante de um altar ensanguentado… lágrimas de borros de olhos pintados… jamais sentir medo de uma afeição, apenas o cuidado para não ser ferido ou agulhado.
Andar pé com pé… todo cuidado é pouco, como os índios que andam pela floresta a procura da caça sem espantá-la.
E assim evitar aborrecimentos e constrangimentos nesta vida maluca cheia de gente louca, sem desejo, sem personalidade…
Grite, grite, grite solidão… uive a Lua cheia, destile seu cheiro através da noite e exale o cheio para atrair aqueles que a desejam…
(03/02/2007)
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