O Dom da Escrita


Para mim, um ser que adora os sentimentos e sensações que o mundo nos proporciona, a forma mais simples, clara e maravilhosa de expressar tais coisas é através da escrita.

Desde meus 14-15 anos escrevo poemas, textos, pensamentos sobre espiritualidade e em geral. É uma das formas onde coloco quem realmente sou, de certa forma, o que busco e o que esta alma antiga de corpo jovem tem de mais belo, sensível e alegre.

Uma das grandes vontades que tenho é escrever um livro, mas creio que ainda não é o momento, breve chegará, sei e sinto.

Existem caminhos que escolhemos e dons que adquirimos mas outros são nos dados para demonstrarmos nossa arte da vida às pessoas e ao mundo.

Se tivesse a oportunidade de escolher estes dons seriam do canto e música, dança, a arte e a escrita.

Cada ser que está nesta jornada terrena possuem um ou mais dons e outros todos os possíveis.

Enfim, deixarei aqui uma poesia que fiz quando tinha 15 anos. Parece que todas as vezes que escrevo entro num processo de transe íntimo. Começo e não paro.

Espero que gostem.

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No outro plano

Pudesse eu em outra vida

Ter te conhecido a beira mar.

Na Luz do Sol e gaivotas a voar.

E eu a te olhar pudesse encontrar a minha vida,

Que pensava estar em outro lugar…

Em seu rosto sério vi um traço de tristeza

Seus olhos como um beijo azul

Encontrar dois elementos em um único lugar.

E eu a te olhar quis conversar,

Mas eu, nem para parar, parei…

O Sol batendo em nosso corpos

Dourando-os como d´ouro.

Olhando para o mar encontrei seu rosto.

Encontrando as ondas, seus lábios a me beijar.

A água sobre meu corpo, seus braços me envolvendo para dançar.

E o cheiro do mar, o seu perfume, sua marca.

A noite cai, volto a te ver.

Mas por outro olhar,

O olhar da escuridão, um ar misterioso, algo igual a noite sem luar.

Quando a brisa me toucou senti você chegar…

A estrela a brilhar, senti seus olhos me olhando…

E quando a Lua voltar a iluminar serão seus lábios a me beijar.

Ao amanhecer, encontro você

no raio do sol,

no reflexo do mar,

no desenho da areia,

seu nome nas rochas,

pelo cheiro do mar,

nas ondas a nadar…

Ao andar, encontro uma gaivotar a voar num choro

lembrando de seu olhar pus-me a chorar,

Por que mais aturar esta distância?

Está tão longe de chegar,

mas você tão perto… intocável.

Mas toquei em seu rosto, no seu corpo, senti o seu gosto…

Machuquei e acordei…

Acordei com o vôo da gaivota, que veio me avisar que iria me machucar…

Você me levou como um barco no horizonte para seus sonhos,

sonhos impuros e escuros.

Mas seu rosto, meu marinheiro…

Ah! Este sim, de moleque travesso.

Em seu olhar me perdi como o cantar das sereias…

Sonhei,

Sonhei pelos sete mares velejar,

velejar em teu olhar e voltar apenas para te amar.

Se a sereia te levar em seu lindo “sussurro”

Quero ser a última a te beijar,

pois quero te amar depois do “sussurro” e além da vida, da eternidade.

E depois irei escrever uma mensagem no mar

de que para sempre vou te amar…

(C.M. – 28/06/00)

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Publicado por

Camila Moreira

Mulher, ama o conhecimento, o saber e a natureza. Formada em química, massoterapia e seu novo encontro com o Sagrado através da aromaterapia. Uma apaixonada pelas terapias alternativas e complementares e bem como pelas "logias" da vida.

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